sexta-feira, 1 de maio de 2009

Lenda do Boto



Segundo se conta na Amazônia, os botos do rio Amazonas fazem charme para as moças que vivem em vilas e cidades à beira-rio. Eles as namoram e, depois, tornam-se os pais de seus filhos!

No início da noite, o boto se transforma em um belo homem e sai das águas, muito bem vestido e de chapéu, para esconder o buraco que todos os botos têm no alto da cabeça (o buraco serve para respirar o ar, já que os botos são mamíferos e têm pulmões, como você). O rapaz-boto vai aos bailes, dança, bebe, conversa e conquista uma moça bonita. Mas, antes do dia surgir, entra de novo na água do rio e se transforma de novo em um mamífero das águas.

O boto verdadeiro
O verdadeiro boto é um mamífero da ordem dos cetáceos. Há um grupo deles que vive exclusivamente em água doce, de rio. O que vive na América do Sul tem o corpo alongado, de dois a três metros de comprimento. Tem grandes nadadeiras peitorais e cerca de 134 dentes. São cinzentos, mas clareiam com a idade e ficam cor-de-rosa!

Botos comem peixes e, às vezes, frutos que caem no rio. A fêmea tem um filhote, que permanece ao seu lado até ficar adulto.

Parece que as lendas sobre "botos-homens" só surgiram no Brasil a partir do século XVIII. Pelo menos, nenhum pesquisador encontrou registros mais antigos dessa lenda! Mas, na mitologia dos índios tupis, há um deus - o Uauiará - que se transforma em boto. Esse deus adora namorar belas mulheres.


Até hoje, mães solteiras na região do Amazonas dizem que seus filhos são filhos "do boto"! O olho do boto, seco, é considerado um ótimo amuleto para conseguir sucesso no amor. Se o homem quer conquistar uma mulher, dizem que ele deve olhar para ela através de um olho de boto. Desse jeito, ela não vai poder resistir - e vai ficar perdidamente apaixonada...

Lendas Indígenas De Paquetá

Lendas Indígenas De Paquetá

1. A Lenda do Boto Cinzento



O boto cinzento é o mais importante habitante encantado do mar tranqüilo de Paquetá.
Diz a sua lenda que nas altas horas da noite êle costuma aparecer nas nossas praias, se transformar em gente e passear pela nossa ilha.
Dizem também que êle costuma usar sempre roupa branca e um chapéu da mesma cor para ocultar uma abertura que tem no alto da cabeça.
Êle costuma aparecer sempre tão elegante, que encanta e seduz as donzelas mais jóvens e mais bonitas da festa.
Êle costuma sair com elas para passear mas, sempre, antes da madrugada, êle pula de novo no mar e se transforma novamente em peixe, deixando as moças para atrás e, quase sempre, grávidas ...
Assim, sedutor e fecundador, êle também é conhecido como o pai de muitos filhos de mães solteiras que o acusam dessa paternidade.
O boto cinzento é obcecado por mulheres e sente o cheiro feminino a grandes distâncias, pelo que, para afugentá-lo, recomenda-se passar alho nas canoas e em todos os lugares onde êle costuma aparecer ...

2. A Índia da Lagoa Grande

Até o século passado, existiu em Paquetá uma grande lagoa, popularmente chamada de Lagoa Grande, que ia desde as imediações da atual Rua Cerqueira até as proximidades da Rua Adelaide Alambari nº 10, onde foi achada, enterrada, uma urna mortuária Tupi, num local que correspondia à margem mais setentrional da lagoa, onde, provàvelmente, era aonde ela possuía mais conchas.
E dizem que nas noites de lua cheia costuma ser vista, com o seu lindo cocar, uma bela índia tamoio, que passeia vagarosamente por ali e logo depois desaparece sem deixar vestígios ...

3. A Galinha Grande

É uma galinha enorme e dizem que é mais de madrugada que ela costuma aparecer, mariscando com os seus pintinhos, e que quando ela avista ou é avistada por alguém, ataca, obrigando as pessoas a se defenderem com o que tiverem disponível ao seu alcance, como paus e pedras, até que ela desapareça, o que costuma acontecer tão misteriosamente como apareceu ...

4. O Velho da Praia

Conta-se que é mal-assombrada uma casinha que fica na ponta mais setentrional de Paquetá e que lá costuma aparecer um velho com barbas brancas, com roupas velhas, que se apóia num grosso cajado de madeira e que expulsa da sua casa quem quer que seja, desaparecendo logo depois nas águas do mar ...